quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Estranho é pensar em mim mesmo sem te incluir

Você pode ler esse texto ouvindo Entre Laços - Zimbra
         
O rapaz chama a garota para conversar nos últimos dias de outubro. 
Quase imediatamente ela sabe que ele é quem ela procura. 
Esta é uma história da garota que encontra o rapaz. 
E fique logo sabendo… 
É uma (possível) história de amor.


   Sempre imaginei que encontraria o cara certo (para mim), o cara que me amaria como ninguém jamais amou, que me faria dar risadas, o cara que seguraria minha mão, que escutaria as músicas da minha banda predileta, mesmo não curtindo muito o estilo deles. Sempre imaginei que encontraria o cara em quem eu poderia confiar toda a minha vida, meus segredos e minhas preocupações, o cara que não me deixaria na mão na primeira oportunidade, o cara que faria de tudo para me ver bem. Sempre imaginei que encontraria o cara que eu pudesse me apaixonar a cada dia mais sem que ele precisasse fazer esforço algum, apenas por ser ele mesmo, o cara que me daria orgulho de dizer: “sou sua mulher, sua companheira.”, o cara que não me colocaria na frente de suas necessidades e nem faria questão que eu o colocasse na frente das minhas, mas sim, caminharíamos lado a lado. Sempre imaginei que encontraria o cara que entendesse as minhas loucuras e meus sonhos, o cara que me amaria fora e dentro do quarto. Sempre imaginei que encontraria o cara que me fizesse feliz.
   O tempo foi passando, as decepções amorosas, as noites chorando, as músicas tristes e tudo o que acompanha um coração partido vieram também. Depois de algumas tentativas mal sucedidas eu decidi; “Cansei. Vida que segue. Não vou encontrar nunca o meu cara.”. Desisti de tudo o que eu sempre imaginei para mim quando era pequena. Desisti de casar, de ter minhas três filhas e viajar pelo Brasil. Comecei a planejar uma vida minha, só minha, com mais ninguém. Afinal, só assim era que estava dando certo. Desisti, mas no fundo, bem no fundo, tinha a esperança e o desejo de encontrar aquele cara, o meu cara que imaginei por tantas vezes ao longo dos anos. Eu andava por aí, como quem não quer nada, esbanjando minha liberdade, mas olhando de canto pra ver se encontrava o cara que iria me prender. Procurava, fingindo não procurar, depositava esperanças vazias em casos passageiros e ia pouco a pouco chegando a conclusão de que o amor não era mesmo para mim e tudo bem, conhecia tantas mulheres bem sucedidas e felizes que não tinham um relacionamento. Afinal, feminista que sempre fui, sabia que só precisava de mim para ser feliz (mesmo que eu desejasse encontrar alguém para dividir essa felicidade).
E foi no meio desse caos, desse "desisto, mas não desisto", desse "sou feliz sozinha, mas quero alguém pra dividir as alegrias", foi no meio disso tudo que ele apareceu. Na verdade ele sempre esteve ali. Sabe aquela pessoa que tem tudo, tudo o que você sempre imaginou e está bem na sua frente, mas você está tão ocupada olhando ao redor que acaba não percebendo o que está logo ali? Então, foi ele. Ele sempre esteve ali. No meio dos meus dias, no meio das minhas coisas. Já tínhamos trocado algumas dezenas de palavras e confesso, ele já tinha mexido comigo, mas na época eu não me permiti, por alguns motivos, sentir o que estava começando a sentir e fugi. Fugi porque não achava que era certo ou nem que poderia dar em alguma coisa. Só porque eu sentia algo, nada garantia que ele pudesse sentir também e assim passou algum tempo, até aquele dia… 
O rapaz chama a garota para conversar nos últimos dias de outubro.
Quase imediatamente ela sabe que ele é quem ela procura.
Esta é uma história da garota que encontra o rapaz.
E fique logo sabendo…
É uma (possível) história de amor.
E conversamos, conversamos como se o tempo pudesse acabar, mas os nossos assuntos não. Foi recíproco, foi dinâmico. Não tinha aquela risadinha isolada que poderia acabar com o assunto. Não tinha aqueles 5 minutos de “Ai, meu Deus. Preciso falar algo.”. Não, simplesmente foi. Fluiu. E depois de alguns dias de conversa, de tantos assuntos, tudo o que estava guardado naquelas lembranças do passado vieram a tona. Foi quando percebi que não parava de pensar nele, o quanto queria logo que desse a hora de conversarmos de novo e o quanto era difícil perceber que o tempo passava rápido demais e logo tínhamos que nos despedir. Foi quando a gente começou a perceber que tínhamos gostos em comuns, mesmo que com algumas divergências, foi quando o sorriso bobo no rosto já era acessório garantido da conversa, foi quando as amigas começaram a perceber a mudança de humor, foi quando eu comecei a ver a vida mais bonita, foi quando eu percebi que era ele, finalmente, era ele o cara que eu tanto havia imaginado no passado. E foi ainda melhor quando eu descobri que era recíproco. 
   Existe um momento na vida que poucas coisas nos fazem tão bem quanto descobrir que somos correspondidos no amor. É tão bom amar e sentir-se amado na mesma intensidade, com a mesma vontade. É tão gostoso planejar um futuro ao lado da pessoa, tão maravilhoso é se apaixonar. Pessoas apaixonadas sorriem mais, são mais legais, mais leves, mais apaixonadas (é claro) pela vida. 
   E depois de tanto tempo procurando, quase desistindo, quebrando a cara, foi tão bom, está sendo tão bom ter encontrado o cara que sempre esperei encontrar. Algumas vezes li aquela frase: "Quando der certo com alguém, você vai entender o porquê não deu certo com os outros antes.". E eu entendi, entendi a frase entendi o motivo de não ter dado certo com os outros antes. Não poderia, não seria certo, pois só com ele, com o meu cara, eu posso ser quem eu sou, sem pensar no que fazer para agradá-lo, sem fazer muito esforço pra manter uma conversa, sem medo de não ser correspondida. 
  O meu cara, O cara, me faz sorrir como poucas pessoas fizeram, ele me faz acreditar que existe sim amor para toda a vida. O meu cara, O cara, sabe fazer piada com os meus gostos, mas sem me ofender, ele tira sarro do time de futebol que eu torço, mas torce por ele (um pouquinho que seja) só para me ver feliz. O meu cara, O cara, me arranca risadas tão facilmente, tão livremente. O meu cara, O cara, me ajuda, me motiva, me alegra, me conduz, mesmo sem perceber, a fazer o meu melhor. O meu cara é O cara. 
  Poucas pessoas têm a chance de encontrar alguém assim tão especial. Poucas pessoas têm a chance de encontrar o amor, um amor tão puro e verdadeiro. Poucas pessoas têm a chance de se encontrar em outro alguém. E eu agradeço você, meu cara, por ter me dado a chance de fazer parte desse pequeno grupo de pessoas. 
  Esse é só o começo do que nos espera pela frente, o futuro é incerto e só o que temos é o presente e o desejo de realizar os tantos planos imaginados para o futuro. Pode ser que no meio do caminho a gente encontre obstáculos, pode ser que com o passar do tempo a gente perca toda essa luz e força que nos cobre, pode ser que as dúvidas apareçam, mas eu prometo que iremos superar todos os obstáculos, acharemos um jeito de emitir nossa própria luz e juntaremos nossas forças para acabarmos com todas as dúvidas. Só que isso só será possível se formos juntinhos. Podemos fazer muito sozinhos, mas faremos melhor juntos. 
 O rapaz chama a garota para conversar nos últimos dias de outubro.
Quase imediatamente ela sabe que ele é quem ela procura.
Esta é uma história da garota que encontra o rapaz.
E fique logo sabendo…
É uma (possível) história de amor.
   


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